Boa
noite, meus queridos! Como vocês estão?
Aproveitando
que os principais eventos esportivos do mundo estão parados, a quarentena está
sendo útil para reativarmos conversa antiga e assuntos ainda não totalmente
esclarecidos. Não é segredo para ninguém que a Amarelinha tem estado abaixo em
Copas desde 2002, os mais criteriosos diriam até que chegou a “amarelar”(Fred
Riggo¹ que me perdoe).
O
enfoque principal dessa analise é compara o futebol que aquele time produziu
durante a Copa do Mundo e o nível das demais seleções competidoras, fica claro
então que ter hipóteses de ganhar e ter a melhor equipe no papel são coisas
diferentes.
Então
vamos analisar Copa por Copa.
Seleção
de 2006(Sede: Alemanha)
Indiscutivelmente(?)
a melhor Seleção de jogadores dessa analise e talvez a maior coleção de
estrelas que já serviu o Brasil em uma Copa. Seleção que desde o primeiro dia
de preparação demostrava o final trágico que estava chegando. Com treinos
abertos para 10mil pessoas e repórteres tendo acesso até ao exame de urina do
ropeiro. No meio de toda essa bagunça, os jogadores se perderam e o produzido
dentro de campo ficou bem a desejar. Com todo a grife que a escalação titular
carregava, era impossível realizar grandes mudanças no futebol jogado a curto
prazo.
Qualquer
time do mundo ia perder com a preparação pífia que foi feita, prova disso é que
a melhor Seleção que eu vi, no papel, perdeu.
Seleção
de 2010(Sede: Africa do Sul)
Vale a
pena ressaltar que em 2009 um tal de Guardiola assumiu o Barcelona com umas
ideias diferentes. Ideias que naquela Copa ainda estavam sendo assimiladas. A
Espanha, no caso, ficou um passo a frente, mas a falta de um poder de decisão
montou um futebol burocrático o suficiente para ganhar a Copa mais fraca dos
últimos tempos. Com uma Alemanha em reformulação, Argentina comandada pelo
Maradona e uma Holanda que batia até na vó, um psicologo esportivo teria dado a
Copa de 2010 para o Brasil. “Poxa, Caetano! O Brasil também batia muito.” Sim,
batia e foi eliminada por isso, mas ainda assim conseguia resultados
tranquilos, coisa que a Holanda não teve nem contra a poderosa Eslováquia.
Seleção
do Dunga cumpriu exatamente o que propôs, vitorias tranquilas com 11 jogadores,
mas acompanhada pela certeza de que alguém seria expulso a qualquer hora.
Seleção
de 2014(Sede: Brasil)
Essa
aqui dá um desgosto de falar. No papel, foi a que chegou mais perto, a única
que passou das quartas. Quando olhamos a convocação e a campanha da Seleção,
fica difícil defender. Principal fator ao nosso favor era pela Copa ser no
Brasil e ainda assim, como alguém achou que a gente ia ser campeão? Quero
dizer, como eu achei que o Brasil ia ser campeão? Dentro de campo era todo
mundo fechando a casinha e depois bola no Neymar, tipo o Santos em 2011. Mas
até que tava dando certo, Neymar debutante tava deitando na fase de grupos, mas
quando chegou no mata-mata, a fragilidade da equipe e a lesão do Neymar tornou
impossível. Alemanha já vinha subindo o patamar dos acontecimentos de 2009 e
aquele dia no Mineirão deixou isso bem claro. Vale ressaltar que em 2014 todo
mundo já entendia que jogo estava muito mais intenso e melhor posicionado,
menos a CBF e o Felipão.
7x1,
sem mais.
Seleção
de 2018(Sede: Rússia)
A Copa
mais recente e consequentemente a que ainda carregamos com mais memoria. A
Seleção de Tite não caiu nos erros fatais das Seleções anteriores. Foi bem
preparada, não tinha ninguém que podia ser expulso a qualquer hora e
apresentava um futebol competitivo. Competitivo sim, até as quartas, o Brasil
era o time que mais obrigava o goleiro adversário a fazer defesas enquanto era
o que menos sofria finalizações no gol. Revendo os melhores momentos, Alisson
só fez duas defesas na primeira fase toda. A demais seleções também não estavam
no melhor momento, das que chegaram nas quartas só a Bélgica e a França tinham
condições de bater de frente com o Brasil. “Então por que não ganhou,
Caetano?”. Não ganhou porque o futebol é muito mais complexo que isso, né!?
Tite foi receoso em corrigir algumas falhas com medo de perder a confiança do
grupo. Falhas essas que já foram dissecadas e debatidas o suficiente. Na minha
opinião, falhas simples, fáceis de serem resolvidas.
É por
esses(e outros) motivos que me levam a acreditar que o Tite foi o técnico que
mais chegou perto de ganhar uma Copa do Mundo desde 2002. Mas também não quer
dizer que ele deva ser o técnico da seleção em 2022, mas isso aí é outros
papos.
---------------------------------------------------------------------------
1- Brother meu, rei das piadas ruins