quinta-feira, 2 de maio de 2024

90 minutos de jogo treino de entrada na área

Poucas vezes eu vi um clima tão otimista depois de perder um clássico e o motivo disso estava no banco de reservas. Gabriel Barbosa retornava ao time depois de um longo período afastado. Incrível como a arquibancada abraça os remanescentes de 2019, por mais que as atuações não estejam a altura, o carinho permanece, não passa. Como se a lembrança e o afeto fossem capaz de tirar o Flamengo do marasmo que passa a algumas semanas.

Não passou.

O resultado veio, mas a equipe continua demostrando dificuldades de entrar na área adversaria. Não que fosse o jogo mais fácil da temporada para superar essa falha, mas ontem foi a única coisa que os caras se tentaram dificultar. Isso resultou em 90 minutos de um "ataque contra defesa", 90 minutos em que o Léo Pereira e Fabricio Bruno podiam receber a bola na própria área e carregar até o campo de ataque sem combate nenhum.

O Gol mostrou o caminho de como o Flamengo poderia deixar sua torcida feliz, uma tabela rápida, uma ultrapassagem, um passe de sinuca, um cruzamento e presença de área. Tudo deu certo, pelo menos uma única vez, e a torcida pode sentir o êxtase máximo de uma partida de Futebol.

Uma pena que isso não voltou a se repetir. O que se repetiu foi o adversário com onze jogadores atrás da linha da bola e jogadores rubro-negros dando passes pro lado. Durante 90 minutos o Flamengo pode mostrar, testar ou até mesmo treinar o seu repertorio de entrada na área adversaria, durante 90 minutos se viu uma equipe sem ideias e sem jogada. Um Flamengo que não soube manipular o adversário para fazer o segundo gol. 

É claro que Arrasca faz falta, é claro que Cebolinha faz falta. Mas não deveriam, não nesse time do Flamengo, não nesse elenco.

Copa do Brasil é um campeonato de mata-mata, ainda existem 90 minutos por jogar e mais alguns jogos para se atingir o objetivo máximo. O mês de Maio é um mês difícil, sem folgas, com clássicos, com jogos decisivos.

E vamos para mais,
SRN

*Texto para a pagina Todo dia uma bola na trave do Andreas*





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