quinta-feira, 25 de abril de 2024

Altitude é isso ai


Nada de novo sob o sol. A chuva ainda cai, a rua ainda inunda e o Flamengo ainda não aprendeu a jogar na altitude. Talvez nunca aprenda, talvez somos muito mais praia que montanha, mas Libertadores é isso ai, não da pra reclamar que não era o esperado.

Futebol é contexto, só podemos jogar a Liberta esse ano por causa de jogos que foram vencidos ano passado. Só podemos explicar a escalação do jogo de ontem por causa da sequencia que passamos.

Uma escalação bastante mudada e a segunda grande variação tática da temporada. Variação talvez seja até forçado, da para falar que ele tentou fazer um omelete com os ovos que tinha.
Três zagueiros não é novidade no Flamengo, alguns tentaram, poucos conseguiram. Ontem foi a primeira vez que o Tite tenta. Até entendo o porquê, na casa dos caras, altitude, é sobreviver o abafa inicial e depois começar a sair pro jogo. Mas deu errado, justo na primeira bola alçada a nossa área sai o gol.
Empatamos logo depois, mas não foi o suficiente para o Tite entender que estava chamando mais o adversário que se defendendo. Acreditou que ia conseguir sobreviver com três zagueiros, até sobreviveu e por volta dos 30 minutos Ortiz vira volante e o Flamengo não tem mais as costas na parede.

Até pode ter surgido um pouco de esperança, mas o começo do segundo tempo parecia o começo do jogo. O gás acabou e nem a molecada que entrou conseguiu correr mais que 15 minutos.

Jogar mal na altitude é esperado, mas o que mais me incomodou foi a preferencia pela bola longa. Altitude tem dois principais males, a bola corre diferente e o ar para recuperar o folego não vem tanto. Duas coisas que eles estão acostumados e nós não, então porque ficar tentando uma jogada que tem baixo aproveitamento e desgasta mais que o normal? Gostaria de fazer essa pergunta ao Tite.

Dia 30 de Março começávamos a primeira curva da temporada, o primeiro Sprint. Sete jogos que ditariam o ritmo da temporada, se seria céu ou inferno, ou mais do mesmo que a gente já viu. Todos os sorrisos, sustos e tropeços nós acompanhamos por aqui.

Futebol é contexto. Só podemos explicar a escalação do jogo de ontem por causa da sequencia que passamos e que vamos passar.

Há quem prefira jogar futebol a 3600 metros de altitude, há quem prefira jogar futebol no Rio de Janeiro num sol de meio-dia. 

Domingo tem mais, até lá.
SRN

*Texto para a pagina Todo dia uma bola na trave do Andreas*

Nenhum comentário:

Postar um comentário